Como Sair das Dívidas Ganhando Pouco

Homem preocupado com suas dívidas financeiras.

Eu ganhava pouco, estava endividado e achava que não tinha solução… mas tinha

Durante muito tempo, eu vivi como muitas pessoas vivem hoje: com medo de olhar o extrato bancário.
Meu salário mal caía e já estava comprometido. Parcelas atrasadas, nome sujo, cartão estourado e aquela sensação horrível de estar rodando em círculos.

Mas um dia eu cansei. Cansei de viver na corda bamba. E foi aí que decidi fazer diferente. Com pouco dinheiro no bolso, mas muita vontade de mudar, comecei uma jornada real — sem mágica, sem atalho — pra sair das dívidas mesmo ganhando pouco.

E neste artigo, vou compartilhar exatamente o que funcionou pra mim, com todas as etapas, ferramentas e links úteis que usei nesse processo. Se você está no aperto, fica comigo até o final — pode ser o começo da sua virada.

Encarei a Realidade de Frente: O Primeiro Passo para Mudar de Vida

Ninguém gosta de admitir que está endividado. Durante muito tempo, eu fazia exatamente o que a maioria das pessoas faz: fingia que estava tudo sob controle. Pagava o mínimo do cartão de crédito, ignorava as ligações de cobrança e dizia pra mim mesmo que era “só uma fase”. Mas a verdade é que, enquanto eu me escondia da realidade, as dívidas cresciam — e a ansiedade também.

1- Fingir que está tudo bem só atrasa a solução

Por mais duro que seja admitir que estamos no vermelho, se esconder do problema é como tentar apagar um incêndio com um copo d’água. E foi exatamente isso que eu percebi quando comecei a acordar no meio da noite pensando em boletos. Nesse momento, eu entendi: ou eu encarava o problema de frente, ou ele ia me engolir.

2- Coloquei tudo na ponta do lápis

O primeiro movimento foi simples, mas poderoso: sentei com papel, caneta e todos os extratos da minha conta. Abri faturas, e-mails de cobrança, saldo da conta bancária e comecei a anotar tudo. Quanto eu devia, pra quem, e qual era o valor real da dívida com juros.

Esse passo é doloroso, eu sei. Mas é impossível sair das dívidas sem saber exatamente o tamanho do buraco em que você está.

Para facilitar esse processo, recomendo criar uma pequena planilha para ajudar a visualizar onde está cada pendência e priorizar o que deve ser pago primeiro.

3- Parar de fugir foi libertador

Depois que encarei tudo com clareza, me senti leve. Sério! É como se, mesmo com dívidas enormes, eu tivesse recuperado o controle da minha vida. Não é mágica — é consciência. E com consciência, vem o plano.

Descobri que gastava mais do que imaginava (mesmo ganhando pouco)

A maior armadilha da minha vida financeira eram os pequenos gastos. Aqueles R$ 15 no lanche, os R$ 40 do frete, os R$ 19 do streaming que eu nem usava… Tudo isso parecia inofensivo, mas no fim do mês representava centenas de reais indo pelo ralo.

Comecei a usar o Mobills pra registrar cada centavo que saía da minha conta. E aí entendi que o problema não era só o salário baixo — era também o jeito que eu lidava com ele.

Criei meu próprio orçamento mensal, pé no chão e possível

Já ouviu falar da regra 50-30-20? Pois é, ela é legal, mas não funcionava pra mim. Eu ganhava pouco demais pra isso. Então, fiz meu próprio modelo de orçamento:

  • 70% do salário foi para contas fixas e dívidas
  • 20% ficou reservado pra necessidades básicas (como alimentação e transporte)
  • 10% era pra formar uma mini reserva e cobrir emergências

Essa divisão me ajudou a parar de viver no modo “apagar incêndio”. Se quiser entender mais sobre como montar seu orçamento do zero, o Banco Central tem um guia bem didático.

Renegociei minhas dívidas e consegui descontos inacreditáveis

Confesso: no começo, eu morria de vergonha de entrar em contato com os credores. Mas depois de tomar coragem, percebi que a maioria quer negociar, sim.

Usei o site Serasa Limpa Nome e o Feirão da Febraban pra encontrar ofertas que cabiam no meu bolso. Teve dívida que eu consegui quitar com 90% de desconto.

Minha dica? Só feche acordo se tiver certeza de que pode pagar as parcelas até o fim. E fuja de renegociações com juros abusivos — vale mais esperar o próximo feirão.

Cortei tudo que não era essencial — e não morri por isso

Tive que abrir mão de coisas que eu gostava, sim. Mas descobri que dava pra viver sem elas — pelo menos por um tempo.

Cancelei serviços de assinatura, reduzi plano de celular, troquei o mercado caro pelo atacado, levei marmita pro trabalho e até vendi minha TV. Só com isso, eu consegui economizar cerca de R$ 500 por mês.

Se você precisa de ideias práticas, o blog do Nubank tem uma lista ótima de cortes possíveis.

Comecei a ganhar dinheiro extra com o que eu já sabia fazer

Com a casa minimamente organizada, percebi que precisava aumentar minha receita. Só o corte de gastos não bastava.

Comecei vendendo roupas e objetos que eu não usava mais. Depois, comecei a vender bolos caseiros no trabalho. E quando vi que tinha talento com escrita, fui atrás de freelas na internet. Em poucos meses, eu já fazia R$ 600 a R$ 1.000 por fora do meu salário.

Se você está sem ideias, dá uma olhada nesse guia da Me Poupe! sobre renda extra — ele tem sugestões bem realistas.

Criei uma reserva de emergência (mesmo que fosse R$ 10 por semana)

Eu achava que só dava pra guardar dinheiro depois de quitar tudo. Mas entendi que, sem uma reserva, eu continuava vulnerável. Qualquer imprevisto me fazia usar cartão ou pedir empréstimo de novo.

Comecei pequeno: R$ 5 por semana. Depois R$ 10. Colocava numa caixinha digital separada na conta do Nubank pra não mexer. E assim, construí um fundo de emergência que me salvou mais de uma vez.

Cuidei da minha mente pra não surtar no caminho

Estar endividado é mais do que um problema financeiro. É um peso emocional gigante. Eu me sentia fracassado, ansioso e desmotivado. Mas descobri que muita gente já passou por isso — e saiu.

Comecei a assistir vídeos no canal da Nathalia Arcuri (Me Poupe!), ouvir podcasts sobre finanças e até seguir perfis no Instagram que falam sobre dinheiro com empatia. Isso me deu forças pra continuar mesmo quando parecia impossível.

Sair das dívidas ganhando pouco é difícil, mas não é impossível

Hoje, depois de muito esforço, posso dizer: meu nome está limpo. Durmo melhor, faço planos com mais segurança, e olho meu extrato sem medo.

Se você está lendo esse texto e sente que não tem saída, acredite: tem sim. Vai levar tempo? Vai. Mas o importante é começar, mesmo que seja devagar, mesmo que com pouco.

E se você quiser ajuda, deixe um comentário ou compartilhe esse conteúdo com alguém que precisa. Porque ninguém precisa passar por isso sozinho.

Sobre o Autor

Ronaldo
Ronaldo

🎓 Formado em Administração, com ampla experiência em Finanças Pessoais. Comprometido em compartilhar conhecimento prático e acessível para ajudar outras pessoas a organizarem sua vida financeira com clareza, planejamento e liberdade.

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